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O fim dos currículos. Será mesmo?

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Na hora de avaliar um currículo para uma contratação e preenchimento de uma vaga, não há outra saída. As empresas modernas estão cada vez mais conscientes de que precisam acertar o alvo certo. No bom sentido. Elas precisam mais do que ter a pessoa certa pro lugar certo. Neste contexto, será mesmo o fim dos currículos?

Sim. Pelo menos nos modelos que estamos mais acostumados. Às vezes, muitos ainda acreditam que numa cidade pequena, o modo mais tradicional ainda prevalece. Mas não é verdade. Hoje o currículo talvez sirva para uma primeira peneira. Mas depois….

Qual o verdadeiro peso de um currículo para uma contratação?

Atualmente, em uma área de RH bem desenvolvida, o verdadeiro peso de um currículo para uma contratação é bem pequeno. Já que a grande sacada é decifrar quem é a pessoa por trás daquela representação que hoje é um currículo e um LinkedIn.

Quando conseguimos desvendar quem realmente é o ser humano dono de cada um dos currículos somos mais certeiros numa efetivação. Porque, cá entre nós, ninguém coloca aspectos negativos do seu desempenho ou dados e fatos que o desabonem no currículo ou no seu perfil do LinkedIn.

O que vemos é que o currículo acaba servindo apenas como mais um meio de conseguir alguns parâmetros importantes sobre as pessoas que vão disputar determinadas vagas.

Outras informações sobre o candidato já vêm sendo pesquisadas em redes sociais como Facebook e Instagram.

Quem é a pessoa que está concorrendo à vaga?

Na Internet o que mais se encontra hoje em dia são textos, vídeos, enfim diversos conteúdos que ensinam tim tim por tim tim como a pessoa deve fazer um currículo atraente e interessante.

Essa enorme quantidade de dicas de como se fazer isso de forma bem feita acaba impedindo o empregador de selecionar alguém somente levando em conta o currículo. Já que ali apenas é apresentado o que o próprio candidato achou conveniente.

O preenchimento do currículo se atém mais naquilo que é adequado para o RH da empresa que o profissional pretende integrar. A pessoa descreve o conteúdo mais tentando imaginar o que estão querendo ler e menos do que ela é na realidade.

Concluindo: Os currículos atuais acabam sendo mais um cadastro onde o RH vai ver alguns dados para, a partir daí fazer contato com o candidato. Vamos rever o que geralmente é colocado no currículo:

  • Nome;
  • Endereço;
  • Idade ou data de nascimento;
  • E-mail;
  • Telefones pra contato;
  • Experiências profissionais;
  • Formação acadêmica (onde estudou ou estuda);
  • Resumo das habilidades;
  • Cursos de idioma realizados e grau de proficiência;
  • Resultados obtidos (às vezes);
  • Referências, ou seja nomes de pessoas que podem indicar o candidato e/ou recomendá-lo.

Fim dos currículos, mas a entrevista ainda sobrevive. Aproveite!

Como vimos até aqui, muitas vezes o candidato acaba colocando um monte de informações que se ajustam àquilo que se está pedindo na vaga.

Aí vem a entrevista tradicional com uma pessoa sentada em cada lado da mesa, na qual se conversa um pouco mais sobre o conteúdo recebido.

Porém, o ideal é que neste momento, o entrevistado consiga avaliar também a vontade, os desejos, a resiliência, o real interesse que aquele candidato tem para trabalhar naquela empresa e naquela posição, ou se ele está apenas em busca de um emprego, qualquer emprego.

É a hora da verdade, na qual o entrevistador precisa enxergar além do que já foi colocado no currículo. É hora de notar o chamado brilho nos olhos.

Esta oportunidade precisa ser bem aproveitada. O recrutador precisa captar a capacidade do candidato para aprender coisas novas e atingir resultados. Isso, hoje em dia vale mais que somente o conhecimento e a formação técnica que o profissional já tem sobre o assunto A ou B.

Tudo está mudando muito rápido

As mudanças no setor da educação também estão avançando de forma acelerada. O mercado oferece uma gama enorme de opções para as pessoas estudarem, como o Ensino a Distância (EaD) e outras novas modalidades.

Há diversos aplicativos e até plataformas que funcionam no modelo da Netflix, onde o interessado paga uma taxa mensal e vai fazendo os cursos que interessar mês a mês. Bem diferente de um passado não tão remoto, quando ter um diploma de uma faculdade era muito importante e, às vezes, até mesmo suficiente para conquistar uma vaga.

A tecnologia avança numa tamanha velocidade que todos os dias aparece uma nova profissão no mercado. Para a qual ainda não há um estabelecimento de ensino oferecendo um curso específico.

Segundo o Fórum Econômico Mundial de 2018, cerca de 65% das crianças de hoje trabalharão em profissões que ainda não existem. Esta é apenas uma prova de que com o avanço da indústria 4.0 e de novas tecnologias, tudo muda radicalmente no mercado de trabalho.

As pessoas já estão ou estarão em breve trabalhando para mais de uma empresa ao mesmo tempo. O home office é uma realidade para muita gente. E os RHs têm que se transformar para atender esta nova realidade. Enquanto quem busca uma colocação no mercado precisa desenvolver suas inteligências múltiplas.

O jeito de conduzir uma entrevista é apenas um dos aspectos a serem trabalhados

  • Como conseguir captar se o fulano se conecta perfeitamente com a empresa, seus valores e com a oportunidade que está sendo oferecida?
  • Como saber que o propósito da pessoa está sintonizado com a missão da empresa que está contratando?
  • Como desvendar se os interesses de ambas as partes estão casando?

A resposta para estas questões é: sabendo fazer as perguntas certas. Com isso mais a capacidade do entrevistador em conseguir traduzir quem é realmente o dono do currículo e qual seu interesse genuíno, o resultado é que as chances de efetivar o candidato certo aumentam exponencialmente.

Desta forma, se evita a rotatividade que gera custos para as empresa e alto desgaste nos profissionais envolvidos. Quando a contratação se apega mais ao ser humano, ao indivíduo que está por detrás de um determinado currículo, ela tende a dar mais certo.

Há algumas dicas simples para se criar um ambiente de recrutamento propício. Procure deixar o candidato bem a vontade para você ter mais possibilidade de:

  • Captar suas emoções;
  • Entender quem é aquela pessoa na verdade;
  • Descobrir as habilidades que predominam nela;
  • Quais são suas competências;
  • E como se comporta diante de diversas situações diferentes.

O que fazer? O que perguntar?

  • Avalie a possibilidade de combinar ferramentas como aplicar uma prova ou teste mesclando com uma boa conversa num ambiente humanizado;
  • Faça perguntas capazes de extrair os sentimentos dos candidatos;
  • Peça exemplos de resultados concretos obtidos pelo candidato, seja na escola, em outros trabalhos, em algum projeto no qual ele trabalhou como voluntário ou numa situação familiar;
  • Perceba o quanto o candidato tem aderência ao propósito da empresa;
  • Pergunte ao candidato, por exemplo, quais desafios que ele enfrentou e como os superou;
  • Peça para ele contar como fez para sair de alguma encruzilhada;
  • Provoque o candidato de alguma forma para entender se ele é a melhor pessoa para ocupar uma determinada vaga.

Com este tipo de abordagem, será possível descobrir como aquela pessoa vai enfrentar as dificuldades que certamente virão. Como ela poderá lidar com as adversidades do dia a dia de qualquer posição ou função.

Terá como medir o nível de desenvolvimento do candidato e, finalmente, desvendar qual a determinação daquela pessoa que está na sua frente.

Nós, da InselfTED podemos ajudá-lo a destrinchar o quanto de uma decisão sobre uma contratação vem do currículo tradicional, quanto vem de uma entrevista bem realizada e quantos por cento vem das redes sociais. Contate-nos!

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