“EU não preciso”, essa é a expressão utilizada por muitos líderes quando se trata de desenvolver gente.
O que mais se vê por aí são líderes achando que precisam treinar e desenvolver seus liderados, gestores preocupados apontando a falta de desenvolvimento das pessoas das suas equipes, porém nunca se incluem na necessidade de desenvolvimento.
Ao mesmo tempo que parece óbvio que a mudança começa de cima para baixo, podemos reforçar a máxima que “meu óbvio não é o mesmo que o seu”, todos os dias nos ambientes corporativos, vemos liderados sendo encaminhados para treinamentos sobre cultura organizacional, liderança, novos modelos de gestão, metodologias ágeis, engajamento, mas tem mais gente que precisaria estar lá e acredita que já está desenvolvido.
O aprendizado de hoje se torna inútil amanhã, porque tudo muda o tempo todo e muito rápido.
O mundo está tão veloz, que uma das características necessárias para se manter vivo e acompanhar essa velocidade é a adaptabilidade, a humildade em desaprender para reaprender e entender de gente, independente da função que exerça.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Nada está errado se te faz feliz, assinado satanás. Olha como o EGO inflado fode com o processo de aprendizado nas organizações; o gestor admite que precisa treinar a equipe, melhorar o engajamento, motivar as pessoas, desenvolver a liderança, mas depois de encaminhar essas pessoas para participarem de treinamentos e desenvolvimentos, onde encontram um mundo diferente, com realidades avançadas de gestão e novos modelos de consciência eles voltam para suas organizações e encontram uma placa de STOP.
Quando voltam para a empresa não conseguem implementar as mudanças porque ela precisa acontecer sistemicamente, mas há um tomador de decisão e ele bloqueia o processo evolutivo. Isso acontece por que esse “alecrim dourado” é perfeito e só ele pode propor algo.
Quando se trata de mudanças, seja na cultura ou nos processos de negócio, é impossível fazer isso na pirâmide de ponta cabeça. De forma analógica podemos comparar com o filme: O Poço, onde o personagem Trimagasi afirma que “é impossível cagar para cima, óbvio”.
Tem ainda aquelas empresas onde há hierarquias de poder e a cultura organizacional é extremamente controladora. Nesse caso encontramos pessoas bem desenvolvidas e até inovadoras, porém são inférteis porque lhes é vedada a contribuição em inovação e processos de melhorias.
A liderança principal da cadeia entende que está bom assim e não vê lógica em implementar aquele ou aquela forma de gerir ou incentivar novos comportamentos.
Zilhões de líderes acreditam que liderança é um cargo, SQN. Ela é uma habilidade que precisa ser desenvolvida por qualquer pessoa que lide com processos e pessoas, independentemente de ser ela a moça do cafezinho ou o CEO da companhia.
Quem acredita que é o personagem principal da história só porque exerce uma função de líder, tá perdido. Cai na real cabral, no cenário atual e daqui para frente, mais misturadas estarão as pessoas, de forma linear, exercendo suas funções com excelência, sem que se perceba sua presença.
Liderar não é ser herói
Se deu certo, mérito do seu time, se não deu responsabilidade do líder. Onde há ego não há liderança. Entende?
Como dica busque autoconhecimento, ninguém lidera ninguém sem se conhecer primeiro para depois conhecer as pessoas e ser mais assertivo nos resultados, pois liderar é entender de gente.
E é impossível fazer isso se você não entende nem de você mesmo. Se você discorda do que leu e pensou eu me conheço sim! Então você é Buda ou é um controlador do caralho.
E se você é uma das pessoas que quer se melhorar, buscar autodesenvolvimento, acompanhar essa metamorfose constante e promover mudanças mesmo não sendo o tomador de decisão, invista em autoconhecimento para saber lidar com os perfis que estão acima do seu na liderança, para entender o radar destas pessoas e como apresentar propostas de inovação e mudança de cultura e ser aceito.
Líder, proprietário de empresa, gestor, não desperdice dinheiro encaminhando pessoas para treinamentos, se quando elas voltarem você não permitir que elas tragam consigo essas melhorias. Se você é um prego e quer se tornar um parafuso precisa se permitir a mudança e depois incluir seu time nessa brincadeira divertida e rentável. Mas se você é um prego e quer todo mundo parafuso cuidado, para prego; martelo, para parafuso outra ferramenta.
O erro também é importante ser acolhido, porque dele vem os aprendizados.
Assine nossa newsletter e continue recebendo nossos conteúdos em seu email!